domingo, 27 de dezembro de 2009

Sem Reprovação no Fim do Ano

Em 27 de novembro de 2009, o jornal O Extra, publicou uma matéria com o seguinte titulo “Sem reprovação no fim do Ano”, que trazia em seu conteúdo o anuncio da secretária municipal de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, de uma medida de retarda a reprovação dos alunos.


A medida constituía no seguinte:

“O estudante que tiver conceito global (media de todas as disciplinas) insuficiente (I) receberá uma segunda chance no ano seguinte. O aluno sé será reprovado se for mal em uma nova prova que será aplicada em março de 2010. A mudança acontece no ano em que o prefeito Eduardo Paes acabou com a aprovação automática.

A decisão para reprovação de alunos do 2º ao 9º ano será tomada no ultimo conselho de classe do ano, que acontecerá no próximo dia 16. Os estudantes que tiverem conceito global I ou R (regular) − no caso em que houver duvidas dos professores sobre a aprovação − receberão um dever de casa de férias nas matérias em que tiverem dificuldades.

Dever nas férias

Na primeira semana de aula, o estudante começara o ano letivo na serie seguinte e deverá entregar as lições prontas. Após um período inicial de revisão, de 30 dias, para toda a rede, o aluno fará uma nova prova das matérias em que ficou com nota baixa. Somente, então, a criança será aprovada ou reprovada.

− Esse dever de férias é uma segunda chance de aprendizagem, que culmina com uma prova, como uma segunda época. Nos queremos que cada criança aprenda e cresça. Não queremos substituir a aprovação automática pela reprovação automática − falou Claudia costin”.



A entrevista nos mostra a insatisfação do SEPE no qual fala que esta proposta é nada mais, nada menos que a aprovação automática mascarada, também nos diz que é uma tentativa de implementação da metodologia do colégio Pedro II, porem a quantidade de escolas é significativamente menor e tem um perfil social mais homogêneo que a do município do Rio, alem disso causa uma grande divisão de opinião entre especialistas como o professor Emílio Araújo, da Faculdade de Educação da UFRJ que defende que a chance de um aluno ser aprovado seria nula, já a professora da Faculdade de Educação da UERJ, Miriam Paúra diz que a proposta pode ser valida, pois da mesma forma que não ser deve aprovar automaticamente, não se deve reprovar por reprovar e as vezes o problema não é do aluno e sim da escola.

O gráfico abaixo mostra o desempenho dos alunos através das provas bimestrais aplicadas pela secretaria municipal do estado.



Ao analisar o gráfico se pode perceber que o desempenho nas provas feitas no segundo e no terceiro bimestre, dos alunos do 2º ao 5º ano vem mantendo em uma media equilibrada. Enquanto a partir do 6º ano até o 9º as medias caem de forma drástica. E segundo a própria secretaria de educação, Claudia Costin, essa discrepância entre as medias do 5º ano e do 6º ano se tem devido ao sistema de aprovação automática, pois segundo a mesma a aprovação automática não favorecia a aprendizagem.


Temos ter muito cuidado com essa implementação, pois podemos ter diversos problemas como psicológicos, estresse e desestimulo dentre outros, tendo em vista que o aluno estará 30 dias na serie correspondente, porem se não passa vai ter que voltar para a serie anterior, podendo se sentira constrangido, desestimulado e podendo ate haver desistência.


Reflexão: Após a leitura desta entrevista pude concluir que esta proposta não daria certo, pois os exercícios de casa não seriam feitos pelo aluno, de forma que eles não aprenderiam e o período de um mês na classe seguinte ate a saída do resultado, caso tenha sido reprovado retornaria ao ano anterior podendo causar um trauma ao aluno causando até mesmo o abandono escolar. Esses esforços deveriam ser feitos com turmas de reforço no período escolar.